Vamos dar continuidade a série de entrevistas com integrantes das equipes classificadas para o Workshop 1.
Hoje é a vez de Duany Sousa, engenheiro de software, professor e pesquisador. Isabelle Antônia, Marcelo Ricardo, Davi Saraiva, João Carlos e Kairo Emannoel compõem a equipe Jaegers, que escolheram o desafio “Medição dos Indicadores de Qualidade e Performance”
A equipe Jaegers desenvolveu uma ideia que, resumindo, é um painel interativo para acompanhamento por parte dos gestores, da medição dos indicadores de qualidade e performance. “É um dashboard interativo, onde você tem acesso às informações mais importantes de uma forma visível, clara e direta.” explica Duany.
Ele ressalta que a ideia é que o gestor consiga identificar problemas, à medida que eles surgem. “Por trás do painel estaria rodando algoritmos de inteligência computacional, para trazer uma análise baseada em inteligência de dados. Em vez de o gestor ter que ir buscar os dados dentro do sistema, o dashboard, através de inteligência computacional, vai avisar os gestores, através de e-mails, whatsapp e notificações.
A ideia da equipe, além de abordar o Desafio III, também pode ser usada para o Desafio I.
O momento mais difícil foram dois, aponta Duany, o primeiro foi perceber que a ideia inicial teria que ser alterada, pois não atendia o que os mentores estavam mostrando. “De segunda a terça a gente passou várias horas decidindo como enquadrar nossa ideia ao Desafio. Antes tinha um foco no usuário, mas o gestor também precisa ter atenção e suporte para que as melhorias sejam feitas.”
O segundo foi na quinta feira, na véspera do prazo para entregar o projeto. “Um mentor chegou dando uma perspectiva totalmente diferente sobre nosso projeto. E aí, mudar ou não? Fizemos a análise e percebemos que o problema levantado era justamente, a falta de informação do gestor municipal.
Sobre a classificação para o Workshop 2, Duany conta que “a esperança é algo que eu me agarro com todas as forças…a sensação é que vou sempre ser escolhido, porque a gente dá o melhor de si, mas sempre é uma surpresa grata ver seu nome na lista.” Um exemplo disso é que mesmo com a apresentação pronta dias antes do prazo, a equipe entregou o pitch 4 minutos antes do prazo final.
Para a próxima fase a equipe está focada em trabalhar melhor a ideia. “Estamos refinando, levantando os dados que são importantes para a nossa ideia, pra quando iniciar a próxima fase, já estarmos mais preparados. A gente está muito animado, motivado ao máximo.” ressalta Duany. O foco é tanto que ele não pode ver um ônibus que já pensa nos indicadores e no Desafio.
São dois os motivos que levaram os integrantes da Jaegers a se inscreverem. “A equipe tem um perfil muito parecido, que é o de tentar construir soluções. O poder público dá a infraestrutura, mas as soluções vêm da população que sente aquelas dificuldades.”
“Sempre pensei em buscar resolver problemas da sociedade. Mobilidade urbana é um tema que eu sempre quis abordar. A parte de transporte público é cercada de segredos, nos portais as informações são confusas. Quando apareceu o Desafio, nós vimos a oportunidade de trabalhar junto ao gestor, apoiar o gestor para ele resolver os problemas e facilitar a vida do público.”
O outro motivo faz parte de um sonho de Duany é que a cidade tenha um transporte público de qualidade para que as pessoas deixem os carros em casa, “hoje você classifica uma pessoa que pega ônibus, como alguém que não tem condições de ter um carro. Carro é o símbolo de sucesso na nossa sociedade, e isso me traz tristeza.”